“O estranho território [...] predestinava-se a atravessar absolutamente esquecido os quatrocentos anos da nossa história. [...] Deixavam-no de permeio, inabordável, ignoto.” Assim o autor de Os sertões iniciava a descrição da “Terra ignota”, logo no primeiro capítulo da primeira parte de sua obra. Se, por um lado, devemos em grande medida a Euclides da Cunha a possibilidade de rememoração do ocorrido no sertão baiano e a inserção do cenário, dos fatos e das personagens tanto em nosso horizonte histórico quanto literário, por outro lado, devemos à bravura e à persistência de alguns bandeirantes interlingüísticos, no que diz respeito ao destino da obra além das barreiras lingüísticas, o não-cumprimento dessa quase maldição do esquecimento.