O trabalho aborda a discussão sobre o surgimento do discurso da interculturalidade nas reformas curriculares da educação básica mexicana de 1993 a 2017. Essa análise retorna ao horizonte da intelecção a categoria de genealogia em Foucault (1988), onde as noções de Origem, invenção, proveniência e emergência nos permitem interpretar a evolução política histórica do referido discurso. A partir dessa abordagem teórica, são analisadas as reformas curriculares em questão, bem como o discurso da educação intercultural como política educacional, focando a atenção nas dobras e margens que essa emergência supunha, nas disputas e controvérsias a esse respeito. A intenção é problematizar o pressuposto de que a interculturalidade é um elemento perturbador da dimensão epistêmica das reformas curriculares, mas dada a hegemonia (Laclau, 1987) da lógica das ciências da educação nessas reformas, sua incorporação no currículo Nacional era fraco e, eventualmente, deslocado.
The work addresses the discussion on the emergence of the discourse of interculturality in the curricular reforms of basic Mexican education from 1993 to 2017. This analysis returns to the horizon of intellection the category of genealogy in Foucault (1988), where the notions of Origin, invention, provenance and emergency allow us to interpret the historical political evolution of that discourse. From this theoretical approach, the curricular reforms in question are analyzed, as well as the discourse of intercultural education as an educational policy, focusing attention on the folds and margins that this emergency supposed, in the disputes and controversies in this regard. The intention is to problematize the assumption that interculturality is a disturbing element in the epistemic dimension of curricular reforms, but given the hegemony (Laclau, 1987) of the logic of educational sciences in these reforms, its incorporation in the National curriculum was weak and, eventually, displaced.
El trabajo aborda la discusión en torno a la emergencia del discurso de la interculturalidad en las reformas curriculares a la educación básica mexicana de 1993 al 2017. Este análisis retoma como horizonte de intelección la categoría de genealogía en Foucault (1988) en donde las nociones de origen, invención, procedencia y emergencia permiten interpretar el devenir histórico político dedicho discurso. A partir de este planteamiento teórico, se analizan las reformas curriculares en comento, así como el discurso de la educación intercultural como política educativa, centrando la atención en los pliegues y márgenes que supuso esta emergencia, las disputas y polémicas al respecto. La intención es problematizar el supuesto que sitúa a la interculturalidad como un elemento disruptivo para la dimensión epistémica de las reformas curriculares, pero dada la hegemonía (Laclau, 1987) de la lógica de las ciencias de la educación en dichas reformas, su incorporación al curriculum nacional fue débil y eventualmente desplazada.