Ao lado das Revoluções decorrentes de longas guerras anticoloniais como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Zimbábue, desenvolveu-se um elemento inovador, os Golpes Militares de novo tipo, que introduziram regimes revolucionários autodenominados marxistas-leninistas. É o caso da Somália (1969) e da Etiópia (1974), o caso mais emblemático, mas também de quatro países francófonos: Congo-Brazzaville (1968), Daomey/Benin (1972-74), Madagascar (1975) e Alto Volta/Burkina Faso (1983), que estabeleceram Regimes ao longo das décadas de 1970 e 1980. As originais e polêmicas experiências revolucionárias aqui apresentadas, os Regimes Militares Marxistas, são diferentes dos primeiros Estados regidos pelo chamado “Socialismo Africano” logo após a independência, na passagem dos anos 1950 aos 1960: Gana (1957), Guiné (1958), Mali (1960), Tanzânia (1961), Zâmbia (1964) e Argélia (1962).