O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão a respeito dos fenômenos estruturais que culminaram na segregação socioespacial e étnico-racial, que ocorre atualmente em megacidades, grandes cidades e cidades globais na África. Para isso, será feita, de início, uma apresentação de questões futuristas que atravessam as discussões contemporâneas de urbanização africana. Em seguida, serão abordadas questões históricas e discursos presentes em alguns países africanos, e que ajudam a explicar aspectos étnicos, raciais, sociais e espaciais perpetuados no espaço urbano. Esses aspectos contarão com exemplos de cidades de países africanos subsaarianos, onde a superpopulação e os altos investimentos estrangeiros no mercado imobiliário agravam os efeitos segregacionistas