É rara a documentação da cooperação de autor e tradutor. Este livro é a exceção e prova que vale a pena documentar as reflexões dos dois protagonistas no caminho do original à tradução. Se trata de uma dissertação de mestrado que merece, sem dúvida, esta transformação para uma excelente publicação. O livro destaca a relação muito especial entre Guimarães Rosa e Meyer-Clason que era de admiração mútua e de dedicação comum à perfeição de uma tradução. Bussolotti editou a correspondência frutífera desde o início (primeira carta de Meyer-Clason em 1958, ou seja, dois anos depois da primeira edição de Grande Sertão: Veredas) até o final (última carta de Guimarães Rosa de 27 de agosto de 1967, três meses antes da sua morte).