A partir de uma pesquisa de campo realizada junto ao Núcleo de Execuções Penais da Defensoria Pública do Paraná – sede Curitiba, no período correspondente a junho de 2019 e março de 2020, procura-se questionar a visão dos operadores do direito acerca do monitoramento eletrônico como uma benesse, privilégio ou regalia aplicada a um seleto grupo em execução de pena: as mulheres. A pesquisa se presta a investigar se a concessão do monitoramento eletrônico às mulheres atende as necessidades e condições específicas dessa parcela da população carcerária ou reproduz as violências de gênero presentes no sistema prisional e arreigadas no machismo estrutural da prática judiciária.