Com o passar dos anos, a arte da guerra vem sendo aprimorada por evoluções tecnológicas (e até revoluções); numa redefinição de aspectos, táticas, e fundamentos bélicos. Nos dias atuais, com a aplicação científica da inteligência artificial para a navegação marítima e estratégia militar, sistemas marítimos não-tripulados vêm sendo desenvolvidos – sendo possível que, em métrica de máxima autonomia, “robôs marítimos” venham a ocupar a posição estratégica do ser humano em situações de confrontamento bélico, de forma autônoma; inclusive, com a prerrogativa da decisão quanto a “abrir fogo”. Mas, há controvérsias quanto à utilização de armas robóticas letais em combate. De forma indutiva, o presente estudo pretende analisar a problemática da irrestrição estratégica como alternativa “de salvação” em confronto, a partir dos fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial por ocasião da Operação Kamikaze japonesa, e o emprego da inteligência artificial para fins estratégicos militares, em relação à métrica de máxima autonomia de sistemas marítimos não-tripulados. Conclui-se que deve haver restrições relacionadas à ética e à estratégia militar no desenvolvimento de tais sistemas.
Over the years, the art of war has been improved by technological evolutions (and even revolutions); in a redefinition of war aspects, tactics, and fundamentals. Nowadays, with the scientific application of artificial intelligence for maritime navigation and military strategy, unmanned maritime systems have been developed - it is possible that, in metrics of maximum autonomy, "marine robots" will occupy the strategic position of being human in situations of armed confrontation, autonomously; including, with the prerogative of the decision as to “open fire”. But, there is controversy regarding the use of lethal robotic weapons in combat. Inductively, this study intends to analyze the problem of strategic restriction as a “salvation” alternative in confrontation, based on the events that occurred in World War II during the Japanese Kamikaze Operation, and the use of artificial intelligence for military strategic purposes, in relation to the maximum autonomy metric of unmanned marine systems. It is concluded that there must be restrictions related to ethics and military strategy in the development of such systems.