Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção de egressos do Curso de Farmácia de uma Universidade Comunitária de Santa Catarina sobre sua formação em saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 1.253 egressos 90 participaram da avaliação institucional e foram separados em três grupos: G1 que tiveram uma formação pautada no modelo biomédico, G2 que foram influenciados pelas transformações que ocorreram com a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e G3 com um currículo instituído para uma formação crítica-reflexiva voltada a atender os preceitos da saúde pública. Foi enviado por e-mail um questionário on-line com perguntas referente ao perfil sociodemográfico, profissional e formação em saúde para o SUS. Na comparação entre os Grupos foi realizada a prova não paramétrica de KrusKal-wallis seguido pelo pós-teste de Dunn. Os resultados demonstraram que a maioria dos egressos eram do sexo feminino (80%), a faixa etária prevalente foi de 29 a 38 anos (52,2%), 74,4% deram continuidade a formação após a graduação e 90% demoraram até 6 meses para ingressarem no mercado de trabalho. A percepção dos egressos com relação a participação durante sua formação em atividades referentes a formação para o SUS demostraram resultados significativos (p<0,05) para todas as variáveis com diferença expressiva antes das DCN e da implantação do Programa de Reorientação da Formação Profissional para o SUS (Grupo 1) e após (Grupos 2 e 3). Conclui-se que, na percepção dos egressos, o curso contribuiu para uma formação com abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na atenção básica, promovendo transformações no ensino e aprendizagem e de prestação de serviços à comunidade.
This study aimed to analyze the perception of graduates of the Pharmacy Course at a Community University in Santa Catarina about their health education for the Unified Health System (SUS). Of the 1,253 graduates, 90 participated in the institutional assessment and were separated into three groups: G1 who had a training based on the biomedical model, G2 who were influenced by the changes that occurred with the implementation of the National Curricular Guidelines (DCN) and G3 with a curriculum instituted for a critical-reflexive formation aimed at meeting the precepts of public health. An online questionnaire was sent by email with questions regarding the socio-demographic, professional and health education profile for SUS. In the comparison between the Groups, the KrusKal-wallis non-parametric test was performed followed by the Dunn post-test. The results showed that the majority of the graduates were female (80%), the prevalent age group was 29 to 38 years old. (52.2%), 74.4% continued their training after graduation and 90% took up to 6 months to enter the job market. The graduates' perception of participation during their training in activities related to training for SUS showed significant results (p <0.05) for all variables with significant difference before the DCN and the implementation of the Professional Training Reorientation Program for SUS (Group 1) and after (Groups 2 and 3). It is concluded that, in the perception of the graduates, the course contributed to a training with a comprehensive approach to the health-disease process with an emphasis on primary care, promoting changes in teaching and learning and the provision of services to the community.