O presente dossiê, Currículos, interseccionalidades e práticas antirracistasem educação,objetivoureunir um conjunto de textos que evidenciassemprocessos curriculares/educativos envolvendo questões étnico-raciais na escola, na universidade e na relação escola-universidade, mas também fora delas. Em 2022, a Lei Federal nº 10.639/03, que tornou obrigatório o ensinode História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas da educação básica, completa 19 anos. São quase duas décadas de um debate ainda necessário e pungente, com muitos desafios a enfrentar! Mesmo que, do ponto de vista legal, a educação antirracista seja reconhecida como direito, ainda é precisolutar muito para que seus princípios e apostas sejam vivenciadas e polinizadas nas políticas curriculares. Pensar o currículo a partir da ideia afroperspectivista significa desconfigurar uma formação que durante muito tempo foi considerada a ideal, ou seja, um modelo eurocêntrico de pensar-fazer-saber. Contudo, reafirma-se que é nos/comos cotidianosque inventam-seformas de resistência e transgressão às estruturas racistas e preconceituosas. Os trabalhos apresentados aqui abremcaminhos, atravessam encruzilhadas e giram o mundo...
The present dossier, Curricula, intersectionalities and anti-racist practices in education, aimed to bring together a set of texts that highlighted curricular/educational processes involving ethnic-racial issues at school, at the university and in the school-university relationship, but also outside of them. In 2022, Federal Law nº 10.639/03, which made the teaching of African and Afro-Brazilian History and Culture in basic education schools mandatory, turns 19. It's almost two decades of a debate that is still necessary and poignant, with many challenges to face! Even if, from a legal point of view, anti-racist education is recognized as a right, it is still necessary to fight hard so that its principles and stakes are experienced and pollinated in curricular policies. Thinking about the curriculum from the Afro-perspectivist idea means deconfiguring a training that for a long time was considered the ideal, that is, a Eurocentric model of thinking-doing-knowing. However, it is reaffirmed that it is in/with everyday life that forms of resistance and transgression against racist and prejudiced structures are invented. The works presented here open paths, cross crossroads and turn the world.
El presente dossier, Currículos, interseccionalidades y prácticas antirracistas en la educación, tuvo como objetivo reunir un conjunto de textos que destacaran procesos curriculares/educativos que involucran cuestiones étnico-raciales en la escuela, en la universidad y en la relación escuela-universidad, pero también fuera de ellos. En 2022, la Ley Federal nº 10.639/03, que hizo obligatoria la enseñanza de la Historia y Cultura Africana y Afrobrasileña en las escuelas de educación básica, cumple 19 años. ¡Son casi dos décadas de un debate aún necesario y conmovedor, con muchos desafíos por enfrentar! Aunque, desde el punto de vista jurídico, la educación antirracista sea reconocida como un derecho, aún es necesario luchar fuertemente para que sus principios y apuestas sean experimentados y polinizados en las políticas curriculares. Pensar el currículo desde la idea afroperspectivista significa desconfigurar una formación que durante mucho tiempo se consideró ideal, es decir, un modelo eurocéntrico de pensar-hacer-saber. Sin embargo, se reafirma que es en/con la vida cotidiana que se inventan formas de resistencia y transgresión contra las estructuras racistas y prejuiciosas. Las obras aquí presentadas abren caminos, cruzan encrucijadas y dan la vuelta al mundo...