EU SOU PRETA, MINHA BOCA É MARROM... SOU IGUAL Á PRETINHA DA HISTÓRIA!

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

EU SOU PRETA, MINHA BOCA É MARROM... SOU IGUAL Á PRETINHA DA HISTÓRIA!

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Joana Paula dos Santos Gomes de Oliveira e Maria Teresa Esteban
Autor Correspondente: Joana Paula dos Santos Gomes de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Palavras-chave: Negritude. Literatura infantil. Prática antirracista.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo traz reflexões sobre a produção, no cotidiano da educação infantil, de práticas pedagógicas articuladas à pedagogia antirracista. Sua referência está em uma pesquisa qualitativa, com o cotidiano escolar, envolvendo a experiência de uma de suas autoras, em seu processo de formação como professora pesquisadora, exercendo a docência numa instituição de educação infantil, vinculada a uma rede pública municipal. O artigo se desenha a partir da memória da professora e alguns de seus registros do vivido, especialmente com uma criança negra deste grupo, ao propor-se a articular literatura infantil e encontro com a negritude. O desenvolvimento da pesquisa percorre o racismo, como produção social que alimenta a desigualdade e fere as crianças e suas infâncias; sua problematização, como aspecto relevante da educação infantil; e seu enfrentamento, como processo que conduz ao exercício da pedagogia antirracista, imperioso no movimento de produção da educação libertadora. Suas conclusões ressaltam a potência da literatura infantil para mobilizar reflexão, diálogo e encontro com a negritude como afirmação do direito à diferença.



Resumo Inglês:

The paper brings reflections on the production, in the daily life of early childhood education, of pedagogical practices articulated with anti-racist pedagogy. It presents findings from qualitative research, with school daily life, involving the experience of one of its authors. In that moment, she carried out her educational process as a researcher teacher, teaching at an early childhood institution, linked to a municipal public network. The paper is designed through the teacher memories and some of her records of her work, especially with a black child of this group, when she proposed to herself to articulate children's literature to the meeting with the blackness. The development of the research focuses on the racism, as a social production that feeds the inequality and hurts children and childhood, and besides problematizes the racism as an issue of early childhood education. It also signs the relevance of its confrontation as a process that conducts to the exercise of an anti-racist pedagogy, an imperative movement to produce the freedom education. Its conclusions highlight the power of children's literature to mobilize reflection, dialogue and meet with the blackness as an affirmation of the right to the difference.



Resumo Espanhol:

El artículo presenta reflexiones sobre la producción, en la vida cotidiana de la educación infantil, de prácticas pedagógicas articuladas a la pedagogía antirracista. Tiene como referencia una investigación cualitativa, con la cotidianidad escolar, envolviendo la experiencia de una de sus autoras, en su proceso de formación como profesora investigadora, ejerciendo la docencia con niños y niñas de un grupo de educación infantil, en una institución vinculada a una red pública municipal de educación. El artículo se dibuja a partir de la memoria de la profesora y algunos de sus registros de lo vivido, especialmente con una niña negra de este grupo, cuando se propone a articular literatura infantil y encuentro con la negritud. El desarrollo de la investigación recorre el racismo, como producción social que alimenta la desigualdad y fiere los niños y niñas y sus infancias; su problematización, como aspecto relevante de la educación infantil; y su enfrentamiento, como proceso que conduce al ejercicio de la pedagogía antirracista, imperioso en el movimiento de producción de la educación libertadora. Sus conclusiones resaltan la potencia de la literatura infantil para movilizar la reflexión, el diálogo y el encuentro con la negritud como afirmación del derecho a la diferencia.