Objetivo: Avaliar a associação entre a suplementação nutricional oral e os desfechos clínicos e nutricionais no manejo da desnutrição hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo observacional do tipo longitudinal, realizado mediante coleta de dados de prontuários eletrônicos de pacientes internados em hospital universitário, entre 2019 e 2020. Foram incluídos pacientes adultos e idosos desnutridos, que se alimentavam exclusivamente via oral e em uso de suplemento nutricional. Foram analisados os dados sociodemográficos, clínicos, bioquímicos, risco nutricional, avaliação nutricional, aceitação da prescrição nutricional e as características do suplemento nutricional utilizado. Foi considerado α = 5%. Resultados: Foram avaliados 40 pacientes, a maioria idosos e do sexo masculino. Entre os suplementos nutricionais orais foram mais predominantes o uso do tipo hipercalórico e hiperproteico, com oferta duas vezes ao dia, média de uso de 39 dias e com aceitação total da prescrição nutricional por apenas 30% dos pacientes. Essa intervenção nutricional resultou em discreta melhora dos dados antropométricos, sem diferença significativa. Conclusão: O uso de suplemento nutricional oral por um período maior e com uma melhor adesão possivelmente apresentaria maiores benefícios nutricionais aos pacientes.
Objective: To evaluate the association between oral nutritional supplementation and clinical and nutritional outcomes in the management of hospital malnutrition. Methods: This is a longitudinal observational study conducted by collecting electronic medical records of patients admitted to a university hospital between 2019 and 2020. Malnourished adult and elderly patients, who have been eating exclusively orally and using a nutritional supplement, were included.Sociodemographic, clinical, biochemical, nutritional risk, nutritional assessment, acceptance of nutritional prescription and characteristics of the nutritional supplement used were analyzed. An α = 5% was considered. Results: Forty patients were evaluated, most of them elderly and male. Among the oral nutritional supplements, the high-calorie and high-protein types were more prevalent, with an offer twice a day, average use of 39 days, and total acceptance of the nutritional prescription by only 30% of the patients. This nutritional intervention resulted in a slight improvement in anthropometric data, with no significant difference. Conclusion: Using the oral nutritional supplement for a longer period and better adherence would possibly present greater nutritional benefits to patients.