“Não convêm aos franceses que seja o rio Oiapoque a raia para os dois domínios”: políticas e disputas na região fronteiriça das Guianas Francesa e Portuguesa nas décadas finais do século XVIII

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ISSN: 2594-8148
Editor Chefe: Anderson Vieira Moura
Início Publicação: 13/07/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

“Não convêm aos franceses que seja o rio Oiapoque a raia para os dois domínios”: políticas e disputas na região fronteiriça das Guianas Francesa e Portuguesa nas décadas finais do século XVIII

Ano: 2022 | Volume: 14 | Número: Não se aplica
Autores: Paulo Marcelo Cambraia da Costa
Autor Correspondente: Paulo Marcelo Cambraia da Costa | [email protected]

Palavras-chave: Fronteiras, Guiana Portuguesa, Guiana Francesa, século XVIII

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por objetivo apresentar o cenário das políticas de defesa do território ultramarino português nas fronteiras do Grão-Pará com a Guiana Francesa. Destaco a compreensão das várias formas de ocupação dos territórios da fronteira entre o Grão-Pará e a Guiana Francesa, especialmente a área entre os rios Oiapoque e Araguari. Estes territórios estavam para além das políticas pensadas pelo Estado lusitano para conquistar, colonizar e defender. Os processos de ocupação daqueles territórios envolviam militares desertores, indígenas, religiosos e trabalhadores escravizados fugidos – todos agentes que estabeleciam dinâmicas e redes de sociabilidades independentes dos acordos diplomáticos e das estratégias políticas de França e Portugal.



Resumo Inglês:

This article aims to present the defense policies of the portuguese overseas territory on the fronties of Grão-Pará with French Guiana, in the last quarter of the 18th century. I would highlight the understanding of some forms of ocupation on the frontiers territories between Grão-Pará and French Guiana, especially in area between the rivers Oiapoque and Araguari. These territories were beyond the traditional policies by the Lusitanian State to conquer, colonize and defend. The occupation process of those territories involved the deserters military, indigenous, religious and escaped enslaved workers - all the agents that established dynamics and sociability networks independent of the diplomatic agreements and the policies approaches of France and Portugal.