O pensamento da socióloga Margaret Archer, para além da questão da reflexividade, é pouco difundido no Brasil, não obstante a existência de publicações sobre o Realismo Crítico no país, perspectiva que, por certo, reverberou no pensamento da autora. Por esse motivo, o presente artigo busca detalhar a lógica teorética proposta por Archer acerca da relação entre agência, estrutura e cultura ao longo do tempo. Para isso, estabelecemos um conjunto de objetivos específicos, quais sejam: ressaltar as diferentes fases do pensamento da autora, em particular, a chamada fase dualismo realista; explorar detalhadamente a operacionalização da sua abordagem morfogenética. Por fim, apresentar as principais críticas à sua operacionalização, colaborando para dirimir uma lacuna existente no que diz respeito à assimilação do seu pensamento no contexto brasileiro. Como conclusão, também será indicado que a dimensão temporal, tão central no empreendimento da autora, ainda precisa ser mais bem problematizada, visto ter imprecisões.
The thought of sociologist Margaret Archer, beyond the issue of reflexivity, is little disseminated in Brazil, despite the existence of publications on Critical Realism in the country, a perspective that certainly reverberated in the author's thought. For this reason, this article seeks to detail the theoretical logic proposed by Archer about the relationship between agency, structure and culture over time. To this end, we have established a set of specific objectives, namely: to highlight the different phases of the author's thought the so-called realist dualism phase; to explore in detail the operationalization of her morphogenetic approach. Finally, to present the main criticisms of its operationalization, collaborating to solve an existing gap regarding the assimilation of his thought in the Brazilian context. As a conclusion, it will also be indicated that the temporal dimension, so central in the author's enterprise, still needs to be better problematized, since it has inaccuracies.
El pensamiento de la socióloga Margaret Archer, más allá de la cuestión de la reflexividad, es poco difundido en Brasil, a pesar de la existencia de publicaciones sobre Realismo Crítico en el país, perspectiva que ciertamente reverberó en el pensamiento de la autora. Por eso, este artículo busca detallar la lógica teórica propuesta por Archer sobre la relación entre agencia, estructura y cultura a lo largo del tiempo. Para ello, hemos establecido una serie de objetivos específicos, a saber: destacar las diferentes fases del pensamiento de la autora, en particular, la denominada fase del dualismo realista; explorar en detalle la operacionalización de su enfoque morfogenético. Finalmente, presentar las principales críticas a su operacionalización, colaborando para resolver una laguna existente en cuanto a la asimilación de su pensamiento en el contexto brasileño. Como conclusión, también se indicará que la dimensión temporal, tan central en la empresa de la autora, aún necesita ser mejor problematizada, ya que presenta imprecisiones.