O artigo situa-se como um estudo teórico-conceitual, que objetiva discutir os conceitos de inovação, inclusão digital e educação ao longo da vida. Em meio à pandemia da COVID-19, a discussão em torno de inovação e tecnologia, na relação com o binômio inclusão/exclusão digital, vem ganhando corpo. Demarca a latência da desigualdade social desvelada pela exclusão digital e a reflexão sobre o modo como a linguagem hipermídia é inserida nos diferentescontextos escolares. No debate educacional, os conceitos de inovação, inclusão digital e educação ao longo da vida vêm se apresentando como arenas de disputa semântica entre concepções antagônicas. O polo hegemônico procura situá-los a partir de uma racionalidade instrumental, com viés econômico, individualizante e autoritário. O polo de resistência posiciona seus significadossob enfoque humanístico, de subversão das relações de poder, com vistas à construção de uma sociedade democrática. Este estudo procura contribuir para o campo da educação e comunicação, ao propor uma chave analítica para os conceitos supracitados, em tempos de pandemia e recrudescimento do autoritarismo.
This article is a theoretical-conceptual study discussing the concepts of innovation, digital inclusion, and lifelong education. During the COVID-19 pandemic, there has been an increased interest on the debate on innovation and technology, in relation to the inclusion/digital exclusion antinomy; key points are the latent social inequality revealed by the digital exclusion, and how hypermedia language has been inserted in different school contexts. In Education, the concepts of innovation, digital inclusion and lifelong education have become arenas of semantic dispute between antagonistic conceptions. The hegemonic pole views such concepts from an instrumental rationality standpoint, with its economic, individualistic, and authoritarian perspective. The resistance pole champions a humanistic approach and the subversion of power relations to build a democratic society. The goal of this study is to contribute to the fields of education and communication by proposing an analytical key to the aforementioned concepts, in times of pandemic and rising authoritarianism.
Este artículo es un estudio teórico-conceptual, con el objetivo de discutir los conceptos de innovación, inclusión digital y educación a lo largo de la vida. Enmedio a la pandemia de COVID-19, se perfila la discusión en torno a la innovación y la tecnología, en la relación con el binomio inclusión / exclusión digital. Destaca la latencia de la desigualdad social que revela la exclusión digital y la reflexión sobre la forma en que el lenguaje hipermedia se ha insertado en diferentes contextos escolares. Enel debate educativo, los conceptos de innovación, inclusión digital y educación a lo largo de la vida se han presentado como escenarios de disputa semántica entre concepciones antagónicas. El polo hegemónico busca situar tales conceptos desde una racionalidad instrumental, con un sesgo económico, individualizador y autoritario. El polo de resistencia coloca sus significados bajo un enfoque humanista, de subversión de las relaciones de poder, para construir una sociedad democrática. Este estudio busca contribuir al campo de la educación y la comunicación, proponiendouna clave analítica de los conceptos mencionados, en tiempos de pandemia y recrudecimiento del autoritarismo.