O ponto de vista psicopedagógico vem ganhando espaço gradualmente na interpretação dos fatos educacionais, especialmente (mas não apenas) nas instituições responsáveis pela educação pré-universitária. Entretanto, não há acordo sobre o tipo de matemática que deve ser ensinada nessas instituições, nem sobre o tipo de argumentos que precisam ser usados nos processos de ensino correspondentes, nem, muito menos, sobre os objetivos finais da educação matemática nesses estágios educacionais. Essa ausência de um paradigma didático disciplinar (matemático) compartilhado é um indicador claro de uma crise que tem uma longa história e na qual a educação matemática não universitária permanece desde, pelo menos, o fracasso da matemática moderna em meados do século passado. Neste artigo, mostraremos que a formação de professores em nossas instituições educacionais continua a ser fortemente condicionada pelo paradigma psicopedagógico e pela cultura da "pós-modernidade" na qual esse paradigma se baseia. No caso dos professores de matemática, dada a ausência de um paradigma didático disciplinar compartilhado, a formação é regida, complementarmente, pelos paradigmas didáticos subdisciplinares vigentes em cada um dos campos da matemática escolar, que nem sempre são compatíveis entre si.
The psychopedagogical point of view has been gradually gaining ground in the interpretation of educational facts, especially (but not only) in institutions responsible for pre-university education. However, there is no agreement on the type of mathematics that should be taught in these institutions, nor on the type of arguments that need to be used in the corresponding teaching processes, nor, much less, on the final objectives of mathematics education in these educational stages. This absence of a shared disciplinary (mathematical) didactic paradigm is a clear indicator of a crisis that has a long history and in which non-university mathematics education has remained since at least the failure of modern mathematics in the middle of the last century. In this article, we will show that teacher training in our educational institutions continues to be strongly conditioned by the psychopedagogical paradigm and the culture of "postmodernity" on which this paradigm is based. In the case of mathematics teachers, given the absence of a shared disciplinary didactic paradigm, training is governed, in addition, by the subdisciplinary didactic paradigms in force in each of the fields of school mathematics, which are not always compatible with each other.
El punto de vista psicopedagógico ha ido ganando terreno paulatinamente en la interpretación de los hechos educativos, especialmente (pero no sólo) en las instituciones encargadas de la educación preuniversitaria. Sin embargo, no existe acuerdo sobre el tipo de matemáticas que se debe enseñar en estas instituciones, ni sobre el tipo de argumentos que deben utilizarse en los correspondientes procesos de enseñanza, ni, mucho menos, sobre los objetivos finales de la educación matemática en estas. etapas educativas. Esta ausencia de un paradigma didáctico disciplinario (matemático) compartido es un claro indicador de una crisis que tiene una larga historia y en la que la educación matemática no universitaria ha permanecido desde al menos el fracaso de las matemáticas modernas a mediados del siglo pasado. En este artículo mostraremos que la formación docente en nuestras instituciones educativas sigue estando fuertemente condicionada por el paradigma psicopedagógico y la cultura de la "posmodernidad" en la que se basa dicho paradigma. En el caso de los profesores de matemáticas, ante la ausencia de un paradigma didáctico disciplinar compartido, la formación se rige, además, por los paradigmas didácticos subdisciplinares vigentes en cada uno de los campos de la matemática escolar, que no siempre son compatibles entre sí.
Le point de vue psychopédagogique s'est progressivement imposé dans l'interprétation des faits pédagogiques, notamment (mais pas seulement) dans les institutions chargées de l'enseignement pré-universitaire. Cependant, il n'y a pas d'accord sur le type de mathématiques qui devraient être enseignées dans ces établissements, ni sur le type d'arguments qui doivent être utilisés dans les processus d'enseignement correspondants, ni, encore moins, sur les objectifs finaux de l'enseignement des mathématiques dans ces établissements. étapes éducatives. Cette absence d’un paradigme didactique disciplinaire (mathématique) partagé est un indicateur clair d’une crise qui a une longue histoire et dans laquelle l’enseignement mathématique non universitaire est resté depuis au moins l’échec des mathématiques modernes au milieu du siècle dernier. Dans cet article, nous montrerons que la formation des enseignants dans nos établissements d'enseignement continue d'être fortement conditionnée par le paradigme psychopédagogique et la culture de la « postmodernité » sur laquelle repose ce paradigme. Dans le cas des professeurs de mathématiques, compte tenu de l'absence d'un paradigme didactique disciplinaire partagé, la formation est régie, en outre, par les paradigmes didactiques sous-disciplinaires en vigueur dans chacun des domaines des mathématiques scolaires, qui ne sont pas toujours compatibles entre eux.