O poder de ação das mídias, da maternidade e dos lares na Educação Matemática

Educação Matemática Pesquisa

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ISSN: 19833156
Editor Chefe: Saddo Ag Almouloud
Início Publicação: 04/02/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O poder de ação das mídias, da maternidade e dos lares na Educação Matemática

Ano: 2023 | Volume: 25 | Número: 2
Autores: D. S. Soares, M. de C. Borba
Autor Correspondente: D. S. Soares | [email protected]

Palavras-chave: nsino Remoto Emergencial, Seres-humanos-com-mídias, Poder de Ação, Agency, Educação Matemática

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo desenvolvemos um ensaio acerca do poder de ação (agency) da maternidade, dos lares e das mídias em processos de produção de conhecimento. Apoiamos nossas reflexões no construto teórico seres-humanos-com-mídias, o qual foi desenvolvido no contexto da Educação Matemática e sugere que o conhecimento é produzido por coletivos de humanos e não humanos. Metodologicamente, optamos por desenvolver a análise de uma narrativa, a qual apresenta a experiência de uma docente, mãe e pesquisadora, ao elaborar uma palestra durante o período do Ensino Remoto Emergencial, decorrente da pandemia da Covid-19. A análise da narrativa nos permitiu argumentar que a produção de conhecimento foi desenvolvida pelo coletivo docente-com-maternidade-lar-software-e-internet, e não apenas pelo coletivo docente-com-software-e-internet. Identificamos, portanto, características do lar da docente que tiveram poder de ação ao longo deste processo e apontamos a necessidade de mais pesquisas que abordem a temática. Neste ensaio - que combina narrativas, uma vertente da teoria da atividade, e o construto teórico seres-humanos-com-mídias – a ideia de que o poder de ação do vírus sobre humanos foi assimétrico, ganhou robustez. Em particular o efeito do vírus, da pandemia sobre mães pesquisadoras é diferenciado.



Resumo Inglês:

In this article we develop an essay about the power of action (agency) of motherhood, homes and media in knowledge production processes. We support our reflections on the theoretical construct human-beings-with-media, which was developed in the context of Mathematics Education and suggests that knowledge is produced by collectives of humans and non-humans. Methodologically, we chose to develop the analysis of a narrative, which presents the experience of a teacher, mother and researcher, when preparing a lecture during the Emergency Remote Teaching period, resulting from the Covid-19 pandemic. The analysis of the narrative allowed us to argue that the production of knowledge was developed by the teaching-with-maternity-home-software-and-internet collective, and not just by the teaching-with-software-and-internet collective. We therefore identified characteristics of the teacher's home that had power of action throughout this process and highlighted the need for more research that addresses the topic. In this essay - which combines narratives, an aspect of activity theory, and the theoretical construct human-beings-with-media - the idea that the virus's power of action over humans was asymmetrical gained robustness. In particular, the effect of the virus and the pandemic on research mothers is different.



Resumo Espanhol:

En este artículo desarrollamos un ensayo sobre el poder de acción (agencia) de la maternidad, los hogares y los medios en los procesos de producción de conocimiento. Apoyamos nuestras reflexiones sobre el constructo teórico seres-humanos-con-medios, que fue desarrollado en el contexto de la Educación Matemática y sugiere que el conocimiento es producido por colectivos de humanos y no humanos. Metodológicamente, optamos por desarrollar el análisis de una narrativa, que presenta la experiencia de una docente, madre e investigadora, al preparar una conferencia durante el período de Enseñanza Remota de Emergencia, derivado de la pandemia de Covid-19. El análisis de la narrativa permitió argumentar que la producción de conocimiento fue desarrollada por el colectivo de enseñanza con software e internet en el hogar materno, y no sólo por el colectivo de enseñanza con software e internet. Por lo tanto, identificamos características del hogar del docente que tuvieron poder de acción a lo largo de este proceso y destacamos la necesidad de más investigaciones que aborden el tema. En este ensayo, que combina narrativas, un aspecto de la teoría de la actividad, y la construcción teórica de seres humanos con medios, la idea de que el poder de acción del virus sobre los humanos era asimétrico ganó fuerza. En particular, el efecto del virus y la pandemia en las madres investigadoras es diferente.



Resumo Francês:

Dans cet article, nous développons un essai sur le pouvoir d’action (d’agence) de la maternité, des foyers et des médias dans les processus de production de connaissances. Nous soutenons nos réflexions sur la construction théorique des êtres humains avec les médias, qui a été développée dans le contexte de l'enseignement des mathématiques et suggère que la connaissance est produite par des collectifs d'humains et de non-humains. Méthodologiquement, nous avons choisi de développer l’analyse d’un récit, qui présente l’expérience d’une enseignante, mère et chercheuse, lors de la préparation d’une conférence pendant la période d’Enseignement à Distance d’Urgence, résultant de la pandémie de Covid-19. L’analyse du récit nous a permis d’affirmer que la production de connaissances a été développée par le collectif enseignement-avec-logiciel-à-la-maternité-et-internet, et pas seulement par le collectif enseignement-avec-logiciel-et-internet. Nous avons donc identifié les caractéristiques du foyer de l'enseignant qui avaient un pouvoir d'action tout au long de ce processus et avons souligné la nécessité de davantage de recherches sur ce sujet. Dans cet essai – qui combine des récits, un aspect de la théorie de l’activité et la construction théorique des êtres humains avec les médias – l’idée selon laquelle le pouvoir d’action du virus sur les humains était asymétrique a gagné en robustesse. En particulier, l’effet du virus et de la pandémie sur les mères participantes aux recherches est différent.