De acordo com o governo chinês, a Iniciativa Belt and Road está orientada para "a coordenação política, conectividade de infraestrutura, comércio sem obstáculos, integração financeira e estreitamento dos laços entre os povos". Esta iniciativa global e multibilionária foi lançada em 2013, em uma década caracterizada pela renovação dos esforços de integração continental na África, mediante políticas ambiciosas de comércio e desenvolvimento continental. A elaboração da Agenda 2063 da União Africana e a ligação da Agenda 2063 com a Agenda 2030 global de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); a transformação da Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano (NEPAD) em uma Agência de Desenvolvimento da União Africana; e a assinatura de um Acordo de Livre Comércio Continental Africano demonstram esta nova tendência nas políticas de integração continental. Curiosamente, como o BRI, estas políticas visam conectar os países africanos em termos de infraestrutura, comércio e pessoas. Este documento examina a congruência (e co-aprendizagem) entre o BRI e as políticas de infraestrutura da África, cruzando o processo ideacional nos dois contextos antes de elaborar algumas reflexões preliminares sobre os impactos do BRI na África.
According to the Chinese government, the Belt and Road Initiative is oriented toward ‘‘policy coordination, connectivity of infrastructure, unimpeded trade, financial integration, and closer people-to-people ties’’. This global and multibillion initiative was launched in 2013, in a decade characterized by the renewal of the continental integration efforts in Africa trough ambitious continental trade and development policies. The drafting of the African Union Agenda 2063 and the linking of Agenda 2063 to the global Agenda 2030 on Sustainable Development Goals (SDGs); the transformation of the New Partnership for African Development (NEPAD) into an African Union Development Agency; and the signing of an African Continental Free Trade Agreement demonstrate this new trend in the continental integration policies. Interestingly, like the BRI, these policies aim at connecting African countries in terms of infrastructure, trade and people. This paper examines the congruence (and co-learning) between the BRI and Africa’s infrastructure policies by cross-tracing the ideational process in the two contexts before elaborating on some preliminary reflections on the BRI impacts in Africa.