As teorias internacionais que abordam as relações civis-militares têm sido cada vez mais alvo de novas abordagens. O cenário onde estas se desenvolvem ganha nuances específicas e campos prioritários na discussão sobre a efetividade do trabalho conjunto e os limites de cada um destes grupos. O presente artigo debate como o relacionamento civil-militar vem sendo construído no contexto da UNMISS. Com base na construção teórica das relações civis-militares, mais especificamente as aplicadas ao contexto das operações de paz e sua prática, discute-se a efetividade da relação entre os componentes militares e os componentes civis em toda sua multiplicidade. Colocamos em confronto a eficiência da resposta integrada que é buscada através do aprofundamento das relações entre civis e militares. A questão central abordada, especificamente, busca compreender os principais problemas na sinergia entre civis e militares no Sudão do Sul e o que pode ser feito para mitigar esta situação. Como resultado, realizamos o mapeamento dos principais problemas apresentados por ambos os componentes e confrontados posteriormente através de entrevistas realizadas com militares e civis em cargos de chefia a confrontação teórica com os principais conceitos da Escola de Copenhague e discutimos o processo, projetando neste trabalho algumas perspectivas que possam auxiliar na mitigação dos problemas mapeados.
International theories that address civil-military relations have increasingly been the subject of new approaches. The scenario where these are developed gains specific nuances and priority in the discussion about the effectiveness of joint work and the limits of each of these groups. This article discusses how the civil-military relation has been built in the UNMISS context. Based on the theoretical construction of civil-military relations, more specifically, those applied to the context of peace operations and their practice, the effectiveness of the relationship between the military components and the civilian components in all their multiplicity is discussed. We challenge the efficiency of the integrated response that is sought through the deepening of civil-military relations. The central question addressed, specifically, seeks to understand the main problems in the synergy between civilians and military in South Sudan and what can be done to mitigate this situation. As a result, we've mapped the main problems presented by both components and later confronted them through interviews with military and civilians in leadership positions, the theoretical confrontation with the main concepts of the Copenhagen School and discussed the process, projecting in this work some perspectives that can help to mitigate the problems found.