Em meados de 1988, as FAPLA lançaram uma grande ofensiva para desestabilizar a UNITA da região da Fronteira entre Angola e a Namíbia. Para tanto, contava com apoio de assessores e com equipamento militar russo. Quando a operação Saudando Outubro foi lançada, as FAPLA não conseguiram obter sucesso, levando ao colapso da mesma e a uma contra ofensiva da UNITA apoiada pela SADF. Desde 1975, Cuba também mantinha assessores militares no país e interveio, em 1988, em sua defesa na região do Cuito Cuanavale, ao tempo em que iniciava uma ofensiva para a expulsão dos SADF e da UNITA do sul de Angola. Nessa campanha, a ação da aviação cubana e angolana foi decisiva para a derrota da África do Sul. O presente artigo pretende analisar como se deu o processo de conquista da supremacia aérea cubana e angolana frente a força aérea sul-africana. Entende-se que a DAAFAR, ao negar a ação da SAAF, retirou desta a histórica superioridade aérea gozada por anos, e que a ação do poder aéreo de Cuba conjugada a Angola foi condição determinante para o sucesso da ofensiva terrestre dos exércitos angolano e cubano na fronteira com a Namíbia.
In mid 1988, FAPLA launched a major offensive to destabilize UNITA in the border region between Angola and Namibia, supported by Russian advisors and military equipment. When the operation Saudando Outubro was launched, FAPLA were not able to achieve success, leading to its collapse and a counter offensive by UNITA supported by the SADF. Since 1975, Cuba always kept military advisors in the country and intervened in 1988 in defense of the Cuito Cuanavale region, by the time that the offensive to expel SADF and UNITA from Southern Angola started. In this campaign, the Cuban and Angolan aviation’s action was decisive for South Africa’s defeat. The present article intends to analyze how the process of the conquest of Cuban and Angolan air supremacy against the South African air force took place. It is understood that the DAAFAR, by denying SAAF’s action, deprived the latter of the historic air superiority enjoyed for years, and that the action of Cuban air power combined with Angola was a decisive condition for the success of the ground offensive by Angolan and Cuban armies on the border with Namibia.