“A escola deveria ser afago pra gente”: ocupar e tornar a escola pública

Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade

Endereço:
Rua Silveira Martins - Cabula
Salvador / BA
41150-000
Site: http://[email protected]
Telefone: (91) 9804-9827
ISSN: 2358-0194
Editor Chefe: Elizeu Clementino de Souza
Início Publicação: 09/02/2021
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

“A escola deveria ser afago pra gente”: ocupar e tornar a escola pública

Ano: 2020 | Volume: 29 | Número: 58
Autores: SORDI, Denise De. FÁVERO, Douglas Gonsalves. MORAIS, Sérgio Paulo.
Autor Correspondente: SORDI, Denise De | [email protected]

Palavras-chave: Ocupações de escolas. Movimento secundarista. Ensino Formal.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa a experiência social das ocupações de escolas realizadas em Uberlândia (MG) entre outubro e novembro de 2016. Neste período, estudantes secundaristas protestaram ocupando e assumindo a gestão de escolas públicas. A pauta, a princípio, esteve organizada em oposição à PEC 241, à Reforma do Ensino Médio e ao programa Escola sem Partido. Entretanto, como entrevistas com os estudantes evidenciaram, a experiência social da ocupação aprofundou este repertório, articulando-o a questões relacionadas à estrutura precária das escolas, à verticalização da gestão escolar e a críticas ao modelo de ensino-aprendizagem. Como estratégia de atuação e prática de uma diferente pedagogia, a escola foi ressignificada e tornada pública pelos estudantes. Abordamos, portanto, as concepções e perspectivas dos estudantes para um novo formato de escola, centrada em valores e projetos consoantes com suas experiências e expectativas de vida. Pontua-se que as memórias desta, ainda que breve, experiência podem retornar à cena para a transformação do ensino e das escolas.



Resumo Inglês:

This article analyzes the social experience of school occupations in Uberlândia (MG) between October/November 2016. In this period, high school students protested occupying and taking over the management of public schools. The agenda, in principle, was organized in opposition to PEC 241, the High School Reform, and the “Escola Sem Partido” program. However, as interviews with students show, the social experience of the occupation deepened this repertoire, articulating it with issues related to the precarious structure of schools, the verticalization of school management, and criticism of the teaching-learning model. As a strategy for the occupations, and practice of a different pedagogy, the school was reframed and made public by the students. We, therefore, approach students’ conceptions and perspectives for a new school format, centered on values, and projects in line with their experiences and life expectations. In this sense, the memories of this experience, although brief, can return to the social scene for the transformation of teaching and schools.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza la experiencia social de las ocupaciones escolares en Uberlândia (MG) entre octubre y noviembre de 2016. Durante este período, los estudiantes de secundaria protestaron por hacerse cargo de la administración de las escuelas públicas. La agenda, en principio, se organizó en oposición al PEC 241, la Reforma de la Escuela Secundaria y el programa “Escuela sin Partido”. Sin embargo, como lo demuestran las entrevistas con estudiantes, la experiencia social de la ocupación profundizó este repertorio, articulándolo con temas relacionados con la precaria estructura de las escuelas, la verticalización de la gestión escolar y las críticas al modelo de enseñanza-aprendizaje. Como estrategia para las ocupaciones y la práctica de una pedagogía diferente, la escuela fue reformulada y hecha pública por los estudiantes. Por lo tanto, abordamos las concepciones y perspectivas de los estudiantes para un nuevo formato escolar, enfocado en valores y proyectos alineados con sus experiencias y expectativas de vida. En este sentido, los recuerdos de esta experiencia, aunque breves, pueden volver a la escena social para la transformación de la enseñanza y las escuelas.