(Trans)Vivências e Experiências de Escolarização na Educação de Jovens e Adultos

Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade

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ISSN: 2358-0194
Editor Chefe: Elizeu Clementino de Souza
Início Publicação: 09/02/2021
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

(Trans)Vivências e Experiências de Escolarização na Educação de Jovens e Adultos

Ano: 2023 | Volume: 32 | Número: 72
Autores: SILVA, Gabriela da. LAFFIN, Maria Hermínia Lage Fernandes. VIGANO, Samira De Moraes Maia.
Autor Correspondente: SILVA, Gabriela da. | [email protected]

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Travestis e Transexuais. Gênero e Sexualidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apresenta-se um estudo de doutoramento na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em articulação com as questões de gênero e sexualidade vivenciadas por estudantes travestis e transexuais. Tem como objetivo compreender os significados na vida cotidiana de travestis e transexuais com base em suas experiências na EJA. Os estudos de Arroyo (2014, 2017), Bento (2011), Freire (1996, 2001, 2018), Hooks (2017, 2019), Oliveira (2017, 2020), e outros/as, contribuíram para a investigação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que ressalta a produção de (trans)pesquisadoras e analisa as escrevivências (Evaristo, 2020) das cartas-corpo escritas por autoras-participantes. Os principais resultados permitem apontar que as reflexões transpõem as relações de gênero, que se fundam em uma matriz colonial de poder, tendo na produção do saber, viver, sentir e existir a reprodução da lógica binária homem/mulher como um instrumento de dominação. Além disso, as experiências vividas e as vozes insurgentes constroem suas “cosmopercepções” de gênero e de educação, evidenciando o que enfrentaram na escola e na vida, com estratégias de transgressão e resistência.



Resumo Inglês:

We present here a doctoral study in youth and adult education (EJA) that addresses issues of gender and sexuality experienced by transvestite and transgender students. The main goal is to understand the meanings in the daily lives of transvestites and transsexuals based on their lived experiences in EJA. The studies of Arroyo (2014, 2017), Bento (2011), Freire (1996, 2001, 2018), Hooks (2017, 2019), Oliveira (2017, 2020) and others have contributed to this research. It is a qualitative research that highlights the production of (trans)researchers and analyzes the writings (Evaristo, 2020) of body letters written by author-participants. The main results allow us to point out that the reflections implement gender relations based on a colonial matrix of power, which in the production of knowledge, in life, in feeling and in existence have the reproduction of the binary logic man/woman as an instrument of domination. Furthermore, lived experiences and insurgent voices build their “cosmoperceptions” of gender and education by revealing what they have experienced in school and in life, with strategies of transgression and resistance.



Resumo Espanhol:

Se presenta un estudio de tesis doctoral sobre la Educación de Jóvenes y Adultos (EJA) articulado con las cuestiones de género y sexualidad vividas por estudiantes travestis y transexuales. El objetivo del trabajo es comprender los significados de las experiencias de EJA en la vida cotidiana de travestis y transexuales. Este trabajo se fundamenta en las contribuciones de Arroyo (2014, 2017), Bento (2011), Freire (1996, 2001, 2018), Hooks (2017, 2019), Oliveira (2017, 2020), entre otros. A través de una investigación cualitativa que destaca la producción de (trans)investigadores y analiza las escrituras de cartas corporales escritas por las autoras participantes (Evaristo, 2020). Los principales resultados señalan que las reflexiones van más allá de las relaciones de género, que se fundan en una matriz colonial de poder, teniendo en la producción de conocimiento, viviendo, sintiendo y existiendo la reproducción de la lógica binaria hombre/mujer como instrumento de dominación. Además, las experiencias vividas y las voces insurgentes construyen sus “cosmopercepciones” de género y educación, destacando lo que enfrentaron en la escuela y en la vida, con estrategias de transgresión y resistencia.