A perspectiva construtivista enfatiza a participação ativa do aluno no processo de aprendizado. Nessa abordagem, o aluno é visto como um construtor ativo do conhecimento, e a alfabetização é vista como um processo de descoberta e construção de significados. Os alunos são encorajados a explorar e interagir com materiais de leitura e escrita em um ambiente rico em estímulos. O foco está na compreensão e na aplicação prática das habilidades de leitura e escrita, com ênfase no contexto e na relevância para a vida cotidiana dos alunos. Jogos, atividades em grupo e projetos colaborativos são frequentemente usados para promover a aprendizagem significativa. Por outro lado, a perspectiva tradicionalista da alfabetização tende a adotar uma abordagem mais estruturada e centrada no professor. Nessa abordagem, o professor desempenha um papel central na transmissão de conhecimentos e habilidades aos alunos. As técnicas de ensino direto, como a repetição, a cópia e a memorização, são enfatizadas. O foco está na aquisição mecânica das habilidades de leitura e escrita, com ênfase na precisão e na gramática correta. Os materiais de leitura e escrita são selecionados de acordo com uma progressão linear, seguindo um currículo predefinido. A avaliação é frequentemente baseada em testes padronizados de habilidades e conhecimentos. Ambas as perspectivas têm seus defensores e críticos. A abordagem construtivista valoriza a autonomia e o engajamento dos alunos, proporcionando um ambiente de aprendizado mais significativo. No entanto, alguns argumentam que a falta de estrutura pode levar a lacunas no conhecimento básico e habilidades fundamentais. Já a abordagem tradicionalista enfatiza a disciplina e a precisão, mas pode ser considerada menos motivadora e limitada em termos de aplicação prática. É importante ressaltar que muitas práticas de ensino atualmente combinam elementos de ambas as perspectivas, reconhecendo a importância de uma abordagem personalizada e adaptativa que atenda às necessidades individuais dos alunos. Além disso, abordagens eficazes de alfabetização também levam em consideração a diversidade linguística e cultural dos alunos, promovendo a inclusão e a valorização das suas experiências e conhecimentos prévios.