A educação para e pela coletividade em Krupskaya, Pistrak e Shulgin: necessidade em tempos de resistência, em escolas vinculadas ao MST, no Paraná

Revista Brasileira de Educação do Campo

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ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A educação para e pela coletividade em Krupskaya, Pistrak e Shulgin: necessidade em tempos de resistência, em escolas vinculadas ao MST, no Paraná

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: Não se aplica
Autores: M. L. S. Sapelli, D. T. de L. Baitel
Autor Correspondente: M. L. S. Sapelli | [email protected]

Palavras-chave: educação para e pela coletividade, Krupskaya, Pistrak, Shulgin, Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo é buscar fundamentos na pedagogia socialista russa, especialmente das obras de Krupskaya, Pistrak e Shulgin, para ratificar a necessidade da educação para e pela coletividade, na perspectiva da emancipação humana, como instrumento para enfrentar os avanços do capital, especialmente no âmbito da educação do campo, em escolas vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A pesquisa foi feita a partir da seleção e análise de bibliografias específicas, bem como de relatos das escolas, acerca de ações realizadas para implementar a educação em questão. O texto está dividido em três partes: primeiro, analisamos brevemente o contexto da Revolução Russa (1917), com vistas a situar os autores referenciados; a seguir, apresentamos o entendimento dos autores citados sobre a educação para e pela a coletividade, a partir de alguns aspectos selecionados; e, para finalizar, apresentamos práticas pedagógicas que são desenvolvidas em nossas escolas para educar nessa perspectiva. Concluímos que educar ‘para e pela coletividade’ não é uma metodologia, mas uma necessidade no processo de formação da classe trabalhadora. Já podemos observar resultados nas escolas em questão, pois avançamos na auto-organização dos estudantes, no planejamento coletivo dos professores, no diálogo com as comunidades para a realização do trabalho socialmente necessário.



Resumo Inglês:

The objective is to seek foundations in Russian socialist pedagogy, especially the works of Krupskaya, Pistrak and Shulgin, through the human emancipation perspective as an instrument to fight against the advances of capital, especially in the rural education, in rural schools linked to the MST in Paraná. The research was made based on the selection and analyses of specific bibliographies, in addition to reading reports from rural schools linked to the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (Movement of Landless Rural Workers) about actions taken to implement this kind of education. The text is written in three parts: firstly, we briefly analyzed the Russian Revolution context (1917) to comprehend the authors’ time; next, we explained the authors’ thoughts about education for and by the collectivity, based on some particular aspects; and, finally, we presented pedagogical practices developed in our schools to educate in this perspective. We concluded that educating ‘for and by collectivity’ is not a methodology, but a requirement in the process of formation of the working class. We can already observe results in the schools in question, as we have advanced in the self-organization of students, in the collective planning of teachers, in dialogue with communities to carry out socially necessary work.



Resumo Espanhol:

El objetivo es buscar fundamentos en la pedagogía socialista rusa, especialmente en las obras de Krupskaya, Pistrak y Shulgin, ratificar la necesidad de educación por y para la colectividad, desde la perspectiva de la emancipación humana, como instrumento para enfrentar los avances del capital, especialmente en el ámbito de la educación , en las escuelas vinculadas al MST en Paraná. La investigación se basó en la selección y análisis de bibliografías específicas, así como en la lectura de informes de escuelas en el campo, vinculadas al Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra, sobre las acciones tomadas para implementar la educación en cuestión. El texto se divide en tres partes: primero, analizamos brevemente el contexto de la Revolución Rusa (1917), con el fin de situar a los autores referenciados; a continuación, presentamos la comprensión de los autores citados sobre la educación para y por la colectividad, desde algunos aspectos seleccionados y, finalmente, presentamos prácticas pedagógicas que se desarrollan, en nuestras escuelas, para educar en esta perspectiva. Concluimos que educar "por y para la colectividad" no es una metodología, sino una necesidad en el proceso de formación de la clase trabajadora. Ya podemos observar resultados en las escuelas en cuestión, ya que hemos avanzado en la autoorganización de los estudiantes, en la planificación colectiva de los docentes, en el diálogo con las comunidades para realizar el trabajo socialmente necesario.