O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as seguintes perguntas problematizadoras: 1) O que é a educação popular, qual sua origem e quais ensinamentos nos proporciona? 2) Por que, passados tantos séculos históricos de resistências e produção de outras ordens para além da hegemônica, parte do campo crítico mantém o desvio acerca do conteúdo da educação popular em sua real intenção emancipadora? Para percorrer essa estrada sinuosa repleta de sobressaltos e mansidões que somente o tempo, como abrigo das caminhadas, oferece, é necessária a preciosa companhia teórica, experiencial e política de algumas grandes referências latino-caribenhas no tema. Afinal, para realmente viajarmos com prazer, é necessário manter a coerência do dedo de prosa, em uma sociedade silenciada pelas drogas, pelas tecnologias, pela ojeriza ao contato com a vida in natura de parte dessa sociedade que se desumanizou.
This article aims to reflect on the following problematizing questions: 1) What is popular education, what is its origin and what teachings does it provide us? 2) Why, after so many historical centuries of resistance and production of orders other than the hegemonic, does part of the critical field maintain the deviation regarding the content of popular education in its real emancipatory intention? To begin the reflective trajectory, we start with a Mexican mural-image by Alba Calderón, entitled Os desocupados. In the theoretical framework of Paulo Freire, José de Souza Martins, Claudia Korol, Oscar Jara, and the sociologist-muralist Eduardo Kingman, the reflection intends to address the questions above, to, in the end, make considerations about the centrality of popular education in the light of experience of rural social movements.
Este artículo pretende reflexionar sobre las siguientes cuestiones problematizadoras: 1) ¿Qué es la educación popular, cuál es su origen y qué enseñanzas nos brinda? 2) ¿Por qué, después de tantos siglos históricos de resistencia y producción de órdenes distintos al hegemónico, parte del campo crítico mantiene la desviación respecto de los contenidos de la educación popular en su real intención emancipadora? Para iniciar la trayectoria reflexiva, partimos de un mural-imagen mexicana de Alba Calderón, titulado Os desocupados. En el marco teórico de Paulo Freire, José de Souza Martins, Claudia Korol, Oscar Jara y el sociólogo-muralista Eduardo Kingman, la reflexión pretende abordar las cuestiones anteriores, para, finalmente, hacer consideraciones sobre la centralidad de la educación popular, a la luz de la experiencia de los movimientos sociales rurales.