Esta tese tem seu foco na visualidade como processo de ensino-aprendizagem do sujeito surdo. Assim, busca-se traçar um elo histórico e reflexivo de como essa linguagem visual foi abordada em diferentes épocas. Ao fazer esse percurso, sua autora deparou com um tema atual: a linguagem imagética. Essa linguagem envolve vários suportes que incluem o próprio corpo, muros, telas, cadernos escolares, entre muitíssimos outros. Com a introdução da política e do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras), se instaura outro debate sobre como é constituída a visualidade dos sujeitos surdos que, através dos signos visuais e de sua língua visual, percebem e concebem o mundo de maneira diferente. Aqui serão apresentados vários fatos de como esses sujeitos surdos se constituem a partir da visualidade na construção do seu “ser”. O ato de “ver” ou de “olhar” o mundo exige uma mediação semiótica, uma interação entre a propriedade suprida pelo signo e pela natureza do sujeito que olha ou observa. Assim, busca-se nesta tese refletir sobre a problemática da prática educativa em todos os setores de ensino e na atuação de intérpretes de Libras, professores bilíngues e professores sujeitos surdos. Nessa concepção, torna-se evidente a necessidade de rever o processo da educação dos sujeitos surdos no contexto mundial e brasileiro; seus movimentos sociais; a constituição da percepção; e seu processamento visual. Ademais, as particularidades do signo visual e as propriedades da Libras dentro da Sociedade da Visualidade têm contribuído em uma transição para firmar a qualidade visual e a construção do pensamento crítico dos sujeitos surdos, por isso, se faz necessário buscar uma qualidade maior e que beneficie os aspectos da visualidade da educação desses sujeitos. No contexto dessa proposta, elucido os vários elementos que compõem a visualidade da Libras, tais como as transferências visuais, de tamanhos e formas, espaciais, de localização, de movimentos e de incorporação que se emaranham nos discursos e nas representações visuais. Para a atual e nova denominação de Aspectos da Visualidade da educação dos sujeitos surdos fica o desafio de apresentar essa nova proposta que busque sanar alguns problemas do sistema de “classificação” ou “classificadores” como sistema visual, ampliando essa denominação para descrição imagética que ora é apresentada neste trabalho.