Há uma grande demanda por posições, na forma de artigos, materiais ou experiências pedagógicas, que apontem para a “desmi(s)tificação” do conhecimento matemático.Escrevo com conhecimento de causa, tenho sido solicitado,com frequência,a discorrer sobre a aprendizagem da matemática e perpesctivas para seu ensino. Quando isto ocorre, lá vou eu com meu ar-senal de transparências,materias didáticos ,livros, artigos, estatísticas, produção de alunos e uma boa dose de poder de persuasão.Afinal de contas os mais céptico sem relação ao ensino da matemática que tenho encontrado pela frente são os próprios protagonistas agentes do ensino:os professores e professoras de Matemática.Que enrascada,os mesmos que clamam por mudanças têm sido os mais aversos a elas.E por quê?Arriscarei uma análise apressada através da poesia de nosso Caetano Veloso (...) é que Narciso acha feio o que não é espelho(...)”.É isso,não é fácil querer mudar o que está em volta e perceber que antes de mais nada devem os pôr a casa em ordem.Meus colegas professores(as) receiam ser colocados em xeque.São vítima se algoz e sao mesmo tempo.Seria tão mais fácil culpabilizar e punir os alunos,parceiros de palco nesta com-plexa tarefa de ensinar-aprender. Eis aí uma das faces de nosso grande problema.Um problema social.Social sim pois a matemática tem sido a responsável por cerca de 50% dos índices de evasão e repetência,responsável direta de uma escolaridade média de nossa juvetude:4,8 anos(dados do MEC).Este é o quadro.Triste quadro.