Torso Cansado de Apolo: Peter Sloterdijk, Byung-Chul Han e as Implicações da Antropotécnica Como Autorrealização

Revista Acadêmica ESMPCE

Endereço:
Rua Maria Alice Ferraz, 120 - Engenheiro Luciano Cavalcante
Fortaleza / CE
60811-295
Site: http://www.mpce.mp.br/institucional/esmp/biblioteca/revista-eletronica/revista-academica/
Telefone: (85) 3452-4521
ISSN: 2176-7939 eletrônico 2527-0206 físico
Editor Chefe: André Luís Tabosa de Oliveira
Início Publicação: 01/06/2017
Periodicidade: Semestral

Torso Cansado de Apolo: Peter Sloterdijk, Byung-Chul Han e as Implicações da Antropotécnica Como Autorrealização

Ano: 2023 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Bráulio Marques Rodrigues, Geraldo Barbosa Neto
Autor Correspondente: Bráulio Marques Rodrigues | [email protected]

Palavras-chave: Sloterdijk, Byung-Chul Han, antropotécnica, imunologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Peter Sloterdijk em “Tu tens de mudar de vida” [Du mußt dein Leben ändern] entende a antropotécnica como imperativo da experiência e ascetologia geral. A partir da ética pessoal, Sloterdijk propõe um catálogo de disciplinas com capacidade de contágio social. Sloterdijk acusa o pensamento da teoria crítica, na defesa dos movimentos sociais em suas lutas por direitos, de advocacia da deficiência. Para o filósofo alemão, a antropotécnica aparece como uma metáfora da autorrealização e não resta justificativa estrutural ao fracasso. Por sua vez, pode-se deduzir que há em Sloterdijk uma anuência tácita com o neoliberalismo. Em contraposição, é apresentado o diagnóstico de Byung-Chul Han sobre a sociedade do cansaço e o custo material que envolve a autorrealização em sistemas imunitários programados para restringir as condições psicopolíticas da autorrealização e atribuir deficiência ao desabilitado.



Resumo Inglês:

Peter Sloterdijk in Tens de mudar de vida [Du mußt dein Leben ändern] understands anthropotechnics as imperative experience and general ascetology. Starting from perso-nal ethics, Sloterdijk proposes a catalog of disciplines with the capacity for social con-tagion. In a recent interview, Sloterdijk even accused the thought of critical theory, in its defense of social movements in their struggles for rights, of advocacy of disability. For the  German  philosopher,  anthropotechnics  appears  as  a  metaphor  for  self-realization  and there is no structural justification left for failure. In turn, one can deduce that there is in Sloterdijk a tacit acquiescence with neoliberalism. In counterposition, Byung-Chul Han’s diagnosis of the society of fatigue and the material cost involved in self-realiza-tion in immune systems programmed to restrict the psychopolitical conditions of self--realization and attribute disability to the disabled is presented