Discutir currículo na Educação Infantil implica, acima de tudo, pensar o que é ser criança, o que significa ca esse tempo da vida em uma sociedade marcada por desigualdades sociais. É refletir sobre quais bases teóricas estão pautadas as orientações curriculares para a Educação Infantil e se estas levam em conta a diversidade dos grupos infantis. O presente estudo toma como referência as teorias pós-críticas de currículo, as políticas púbicas e curriculares para a Educação Infantil e a sociologia da infância. A partir de uma abordagem metodológica qualitativa, busca analisar as diferenças que se expressam por meio da classe social, do pertencimento étnico-racial, de gênero, cultura, entre outros, que estão devidamente referenciadas e contempladas nas orientações curriculares para a Educação Infantil, especialmente nos documentos: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil; e Base Nacional Comum Curricular. Os resultados indicam que uma proposta de educação emancipatória para a primeira infância se mostra ameaçada quando as políticas uniformizam cada vez mais as orientações curriculares e caminham em uma perspectiva de exclusão da diversidade, do silenciamento das diferenças, o que representa um retrocesso às conquistas sociais e aos direitos das crianças.
Discussing curriculum in Early Childhood EducaƟ on implies, above all, thinking about what it means to be a child, what this Ɵ me of life means in a society marked by social inequaliƟ es. It is to refl ect on which theoreƟ cal bases are the curricular guidelines for Early Childhood EducaƟ on based on and whether these consider the diversity of children’s groups. The study took as reference the post-criƟ cal theories of curriculum, public and curricular policies for Early Childhood EducaƟ on and childhood sociology. From a qualitaƟ ve methodological approach, it sought to analyze how the diff erences that are expressed through social class, ethnic-racial belonging, gender, culture, among others, are duly referenced and contemplated in the curriculum guidelines for Early Childhood EducaƟ on, especially in the documents: NaƟ onal Curriculum Guidelines for Early Childhood EducaƟ on and Common NaƟ onal Curriculum Base. The results indicate that a proposal for emancipatory early childhood educaƟ on is threatened when policies increasingly standardize curricular guidelines and move towards a perspecƟ ve of exclusion from diversity, silencing diff erences, which represents a setback to social and children’s rights.
Hablar del currículo en Educación InfanƟ l implica, sobre todo, pensar en qué signifi ca ser niño, qué signifi ca esta época de la vida en una sociedad marcada por las desigualdades sociales. Se trata de refl exionar sobre qué bases teóricas se pautan los lineamientos curriculares de Educación InfanƟ l y si estos Ɵ enen en cuenta la diversidad de grupos de niños. El estudio tomó como referencia las teorías poscríƟ cas del currículo, las políƟ cas públicas y curriculares para la Educación InfanƟ l y la sociología de la infancia. Desde un enfoque metodológico cualitaƟ vo, se buscó analizar cómo las diferencias que se expresan a través de clase social, pertenencia étnico-racial, género, cultura, entre otros, son debidamente referenciadas y contempladas en los lineamientos curriculares de Educación InfanƟ l, especialmente en los documentos: Directrices del Plan de Estudios Nacional para la Educación de la Primera Infancia y Base del Plan de Estudios Nacional Común. Los resultados indican que una propuesta de educación infanƟ l emancipadora se ve amenazada cuando las políƟ cas estandarizan cada vez más los lineamientos curriculares y avanzan hacia una perspecƟ va de exclusión de la diversidad, silenciando las diferencias, lo que representa un retroceso para los derechos sociales y de la niñez.