A partir dos estudos sobre docência na Educação Infantil e das contribuições da Abordagem Pikler, o artigo é decorrente de uma pesquisa que teve como objetivo discutir o movimento livre como uma das condições fundamentais para o desenvolvimento da autonomia dos bebês na creche. A autonomia, em uma perspectiva pikleriana, é a possibilidade de o bebê, movido pelo desejo, realizar algo por iniciativa própria. Metodologicamente, foi desenvolvida uma pesquisa etnográfica, durante 6 meses, com um grupo de oito bebês com idades entre 4 meses e 1 ano e 5 meses em uma escola de Educação Infantil privada localizada em Porto Alegre, RS. O foco investigativo foram as ações sociais dos bebês em uma ambiência de cuidado e educação institucional pautada nos princípios piklerianos. As estratégias de geração dos dados da pesquisa foram a observação, o diário de campo, os registros fílmicos e fotográficos. Mediante a leitura do material gerado em campo, foram definidas duas unidades analíticas: a) os bebês e a exploração dos espaços, mobiliários e objetos; b) os bebês e as interações sociais com os pares. Por meio da pesquisa, foi possível inferir que o movimento livre dos bebês na creche possibilita o desenvolvimento de sua autonomia por meio de aprendizagens emergentes da interação deles com os pares, espaços e materiais.
Based on studies on teaching in Early Childhood Education and the contributions of the Pikler Approach, this paper is the result of a study that aimed to discuss free movement as one of the fundamental conditions for the development of autonomy in babies in daycare. From a Piklerian perspective, autonomy is the possibility for babies, driven by desire, to do something on their own initiative. Methodologically, an ethnographic study was developed over a period of 6 months with a group of eight babies aged between 4 and 17 months in a private Early Childhood Education school located in Porto Alegre, Brazil. The investigative focus was the social actions of babies in an institutional care and education environment based on Piklerian principles. The strategies for generating research data were observation, field diary, and film and photographic records. By reading the material generated in the field, two analytical units were defined: a) babies and exploration of spaces, furniture, and objects; b) babies and social interactions with peers. Through the research, it was possible to infer that the free movement of babies in daycare enables the development of their autonomy through learning that emerges from their interaction with peers, spaces and materials.
A partir de los estudios sobre la enseñanza en la Educación Infantil y de las contribuciones del Enfoque Pikler, el artículo es resultado de una investigación que tuvo como objetivo discutir el movimiento libre como una de las condiciones fundamentales para el desarrollo de la autonomía de los bebés en la guardería. La autonomía, en una perspectiva pikleriana, es la posibilidad de que el bebé, movido por el deseo, realice algo por iniciativa propia. Metodológicamente, se desarrolló una investigación etnográfica durante 6 meses, con un grupo de ocho bebés con edades entre 4 meses y 1 año y 5 meses en una escuela de Educación Infantil privada ubicada en Porto Alegre, Brasil. El enfoque de investigación han sido las acciones sociales de los bebés en un ambiente de cuidado y educación institucional regida por los principios piklerianos. Las estrategias de generación de los datos de la investigación han sido la observación, el diario de campo, los registros fílmicos y fotográficos. Mediante la lectura del material generado en campo, se definieron dos unidades analíticas: a) los bebés y la exploración de los espacios, mobiliarios y objetos; b) los bebés y las interacciones sociales con los pares. A través de la investigación se pudo inferir que el movimiento libre de los bebés en la guardería posibilita el desarrollo de su autonomía por medio de aprendizajes emergentes de su interacción con los pares, espacios y materiales.