Internacionalização, Globalização e Mundialização são categorias analíticas que guardam complexidades, singularidades e similaridades. A epígrafe acima, extraída dos escritos do notável geógrafo brasileiro, Mílton Santos, coloca em evidência um dos aspectos que garantem o elo comum entre os mencionados fenômenos: seu caráter não reificado e, portanto, substantivado nas relações sociais com as demandas de quem constrói o espaço geográfico. Historicamente, dimensões espaciais e geográficas tiveram importante papel no processo de acumulação do capital conduzidas por grupos hegemônicos. Karl Marx e Friedrich Engels, há 176 anos, analisaram com precisão as metamorfoses ensejadas pelos novos mercados financeiros e de consumo, permitindo a acumulação capitalista de forma cosmopolita, por meio de fluxos integradores e da flexibilidade geo-política do mundo: