A disseminação de discursos de ódio com conteúdo misógino por meio das mídias digitais ocorre em um momento de crescimento de grupos de extrema-direita e de busca de ocupação de espaços de poder. Essas manifestações divulgam uma masculinidade que se propõe hegemônica e adotam uma estratégia discursiva na qual os homens são considerados vítimas nas relações de gênero, enquanto dados indicam o aumento dos casos de violência contra as mulheres no Brasil. Neste artigo nosso objetivo foi tecer reflexões sobre esse fenômeno a partir da revisão da literatura e discutir como os grupos reflexivos para autores de violência, propostos pela Lei Maria da Penha, podem contribuir para o enfretamento da violência contra a mulher.