A NEUROCIÊNCIA AFETIVA COMO ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA: POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO NEUROFILOSÓFICA DO PAPEL DAS EMOÇÕES NA ESTRUTURAÇÃO DO COMPORTAMENTO

Educação E Filosofia

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ISSN: 1026801
Editor Chefe: Marcio Chaves-Tannús
Início Publicação: 30/06/1986
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A NEUROCIÊNCIA AFETIVA COMO ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA: POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO NEUROFILOSÓFICA DO PAPEL DAS EMOÇÕES NA ESTRUTURAÇÃO DO COMPORTAMENTO

Ano: 2011 | Volume: 25 | Número: 49
Autores: Leonardo Ferreira Almada
Autor Correspondente: Leonardo Ferreira Almada | [email protected]

Palavras-chave: Processos cognitivos, Processos emocionais, Estados neurais, Raciocínios morais e comportamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Minha intenção, neste artigo, é a de discutir a significação das emoções na
estruturação dos raciocínios morais e nos processos de decision-making.
Para tanto, proponho estabelecer um delineamento filosófico-científico da
contemporânea discussão acerca das relações de interação e integração
entre processos perceptivo/cognitivos e processos afetivos/emocionais.
Visando a realizar essa tarefa, tomo por orientação geral a proposta da
Neurociência Afetiva de Jaak Panksepp, que propõe, a partir de um modelo
neurofilosófico, situar o papel das emoções básicas no comportamento. A
partir do apoio no background conceitual da Neurociência Afetiva, pretendo
estabelecer as possíveis relações entre estados mentais, estados neurais
e comportamento, com o fim de delinear e propor uma solução para as
dificuldades conceituais, filosóficas e científicas que inerem à relação entre
habilidades neurobiológicas e experiências subjetivas. Por fim, proponho
apresentar, no âmbito das ciências cognitivas, a vantagem do emergentismo
em relação às teorias da identidade e às teorias reducionistas.



Resumo Inglês:

My intention here is to discuss the significance of emotions in the
structuring of moral reasoning and in the processes of decision-making. I propose to establish a philosophical and scientific design of the
contemporary discussion about the relations of interaction and integration
between perceptive/cognitive and affective/emotional processes. In other
to accomplish this task, I assume the proposal of Jaak Panksepp’s Affective
Neuroscience, which proposes, as a neurophilosophical model, to situate
the role of basic emotion in the behavior. From the support of its conceptual
background, I intend to establish the possible relations between mental
states, neural states and behavior, in order to outline and propose a solution
to the conceptual, philosophical and scientific difficulties that inhere in
the relations between neurobiological ability and subjective experiences.
Finally, I propose to show, in the context of the cognitive sciences, the
advantage of the emergentism in relation to identity and reductionist
theories.