A partir de uma perspectiva interacionista e de uma abordagem etnográfica, este
artigo busca descrever, analisar e discutir antropologicamente o modo como se
desenrolam as atividades radiofônicas em duas emissoras religiosas, bem como as
interações sociais que nelas se desenvolvem. A análise da dinâmica social cotidiana
ali encontrada aponta para uma percepção de que aquelas rádios não são apenas um
local de trabalho; antes, as relações estabelecidas entre os funcionários das rádios
membros da Igreja e os profissionais não evangélicos o transformam em um
universo social marcado por regras, valores, expectativas e comportamentos
resultantes de referenciais tanto profissionais quanto religiosos.