A pesquisa revela uma parte inusitada e pouco visitada da cidade: a favela. Entraremos
pelos becos, pelas vielas, pelas casas, pelas avenidas e subiremos o grande viaduto rosa
que existe na Candelária, Mangueira, para falar com o morador do morro que irá nos
revelar como criam e re-criam a socialidade de rua. Vamos com o intuito de
compreender o imaginário presente neste lugar no ato de compartilhar e se apropriar do
espaço, no “agir urbanoâ€, que se re-constroem na esfera do cotidiano e permitem ‘ver-acidade’ e pensar a historicidade do próprio processo de urbanização da cidade e da
favela. A ‘rua’ comprova ser uma categoria comunicacional fundamental desse conjunto
da urbe e que estabelece uma ‘lugaridade’, onde se podem apreender usos, sentidos e
significados como formas de estetizar o espaço e a comunicaçãao do cotidiano. A partir
disso do campo da culturaa, é possÃvel identificar os fluxos modeladores de seu traçado
urbano que imprimem uma particular cartografia do acaso inspirados pela dinâmica rede
da sociabilidade. Michel Maffesoli em diversas obras nos lembra que a rede serve de
suporte. Ela é maleável, mas nem por isso sugere fragilidade. Ela pode sustentar e ser
matéria de coesão social e urbana.