Este artigo integra os produtos de uma pesquisa que investigou as repercussões do cenário da pós-modernidade sobre os fundamentos normativos da educação, reconhecida a falência da fundamentação metafÃsica e assegurado o reconhecimento de que a pós-modernidade é um fato. Dentro deste cenário e para os propósitos deste texto, importa analisar o lugar da pedagogia como campo de circulação de discursos que pretendem fundamentar o agir pedagógico no disperso cenário contemporâneo. Para isso, o texto procede a uma análise do tema a partir das contribuições da filosofia da educação e busca apontar que a pedagogia de cunho metafÃsico e ideal não é unicamente essencialista, pois ainda que opere com considerações ideais acerca do sujeito e das finalidades da educação, sabe que isso não se realiza desacompanhada do fluxo histórico e concreto das forças do presente. Portanto, não dá para compor uma pedagogia calcada somente na força do cotidiano e tampouco nas promessas do futuro que está por vir. Não havendo solução via alternativa e nem tampouco uma solução superadora, mais ampla e que congregue o melhor de cada uma, fica o desafio da primazia da pergunta que toma a própria natureza hÃbrida da pedagogia como ponto de partida a ser considerado na análise, em defesa de que somente é viável, independente da sua sustentação teórica, um discurso pedagógico que seja ao mesmo tempo possÃvel e simples.
This article integrates the products of a study that investigated the repercussions of the scenario of post-modernity on the normative foundations of education, acknowledged the failure of the metaphysical grounding and secured the recognition that post-modernity is a fact. Within this scenario and for the purposes of this text, what matters is to examine the place of pedagogy as a field of circulation of discourses that seek to justify the pedagogical acting in the dispersed contemporary scenario. For this, the text accomplishes an analysis of the theme from the contributions of philosophy of education and seeks to indicate that pedagogy of metaphysical and ideal nature is not only essentialist for, even though it operates with ideal considerations concerning the subject and the purposes of education, it knows that this is not accomplished unattended by the historical and concrete flow of the forces of the present. Therefore, it is impossible to concoct a pedagogy based only on the strength of daily life, or on the promises of the forthcoming future. Since there is no workaround nor a surpassing solution, wider and convening the best of each one, there remains the challenge of the primacy of the question that takes the hybrid nature of pedagogy itself as a starting point to be considered in the analysis, in defense that only a pedagogical discourse that be both possible and simple is feasible, regardless of its theoretical support.
