Remix, Pastiche, Plágio: autorias da nova geração

Meta: Avaliação

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ISSN: 2175-2753
Editor Chefe: Ligia Gomes Elliot
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Remix, Pastiche, Plágio: autorias da nova geração

Ano: 2011 | Volume: 3 | Número: 8
Autores: Pedro Demo
Autor Correspondente: Pedro Demo | [email protected]

Palavras-chave: Plágio, Internet, Traços de Identidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A querela em torno do plágio parece estar se acalmando um pouco, ainda que o problema permaneça sumamente grave. Não significa que vamos engolir o plágio, mas que precisamos entender razões de sua proliferação e visões diferenciadas de autoria (BLUM, 2009). Dentro da visão puritana (moderna), plágio é nada mais que fraude criminosa, porque se apropria de direitos alheios. Dentro, porém, da visão não linear (pós-moderna), além de ser difícil delimitar o que seria plágio iniludivelmente, pode-se perceber que originalidade, em certo sentido, não existe: as ideias são sempre dinâmicas compartilhadas cultural e linguisticamente (WEINBERGER, 2007). O jeito pessoal de reconstruir as ideias talvez seja único, mas não todas as ideias. Se formos excessivamente rigorosos, toda conversa é plágio, inclusive obras científicas. Na célebre alusão de Newton, sua produção matemática representou avanço decisivo no mundo científico, mas a partir de outros autores (usava a expressão: apoiado nos ombros de antecessores). É problema certamente que muitos estudantes, usando a internet, copiem friamente trechos inteiros como se fossem seus ou mesmo “comprem” uma dissertação. Ocorre também que a nova geração apresenta traços de identidade bastante diferentes, em especial com respeito à vida acadêmica e seus códigos de conduta: estudar é importante, mas é apenas um pedaço na vida e, sob pressões extremas, plagiar também é “opção”. Neste texto busco analisar preliminarmente metamorfoses da autoria na nova geração.



Resumo Inglês:

The quarrel about plagiarism seems to be calming down a little, although the problem remains extremely serious. It does not mean that we will swallow this plagiarism, but we need to understand the reasons for their proliferation and different visions of authorship (BLUM, 2009). In the Puritan view of (modern), plagiarism is nothing more than criminal fraud, because it appropriates the rights of others. Inside, however, the vision is not linear (and is difficult to define what would be plagiarism unmistakably, one can see that originality, in a sense, does not exist: the ideas are always dynamic shared cultural and linguistically (WEINBERGER, 2007). The way to rebuild people's ideas is perhaps unique, but not all ideas. If we are too strict, every conversation is plagiarism, including scientific works. In allusion to the famous Newton's production represented mathematical breakthrough in the scientific world, but from other authors (using the expression: supported on the shoulders of predecessors). is certainly that many students using the Internet, copying whole passages coldly as his or even "buy" a dissertation. It also happens that the younger generation has very different characteristics of identity, particularly with respect to academic life and its code of conduct it is important to study, but it is just a piece of life, and under extreme pressure, plagiarism is also an "option". This paper seeks to analyze preliminary metamorphoses of authorship in the new generation.



Resumo Espanhol:

La queja sobre el plagio parece haberse tranquilizado un poco, aunque el problema permanezca bastante grave. No significa que vamos a tragarnos el plagio, sino que es necesario entender las razones de su proliferación y visiones diferenciadas de autoría (BLUM, 2009). Dentro de la visión puritana (moderna), el plagio es un fraude criminal, porque se adueña de derechos ajenos. Pero, dentro de la visión no linear (posmoderna), además de ser difícil delimitar lo que sería plagio ineludiblemente, se considera que originalidad, en cierto sentido, no existe: las ideas son siempre dinámicas compartidas cultural y lingüísticamente (WEINBERGER, 2007). La manera de reconstruir las ideas quizá sea único, pero no todas las ideas. Si somos excesivamente rigurosos, toda conversación es plagio, incluso obras científicas. En la famosa alusión de Newton, su producción matemática representó avance decisivo en el mundo científico, pero a partir de otros autores (usaba la expresión: apoyado en los hombros de antecesores). Probablemente es un problema que muchos estudiantes copien fríamente trechos enteros como si fueran suyos o incluso “compren” una disertación. Ocurre también que la nueva generación presenta rasgos de identidad muy distintos, en especial respecto a la vida académica y sus códigos de conducta: estudiar es importante, pero es sólo una parte de la vida y, bajo presiones extremas, plagiar también se transforma en una “opción”. En este texto se busca analizar preliminarmente la metamorfosis de la autoria en la nueva generación.