No presente artigo, busco entender sobre a violência de gênero através de discursos e agência envolvidos nas práticas das dinâmicas de cursos de defesa pessoal para mulheres, mais precisamente, o Wendo: uma prática que nasceu no Canadá em resposta á violência sofrida por uma mulher e chega no Brasil através de instrutoras européias, feministas ativistas. Um conjunto de práticas de defesa pessoal contra a violência, envolto no ativismo feminista e voltado unicamente para o sujeito mulher. A observação participante das práticas dos grupos de Wendo da cidade de João Pessoa, associado á um estudo a respeito de representações sociais e do sujeito como produtor, reprodutor e resistente á posições de sujeito múltiplas e nunca fixas, nos ajuda a entender a relação entre os problemas das relações de gênero e a
violência que perpassa tais relações.