Pretendemos neste artigo abordar a redefinição da administração das escolas públicas
como elemento estrutural nos mandatos das polÃticas educativas nas décadas de
oitenta e noventa num pais que ocupa uma posição central, a Inglaterra. A opção por
este contexto prende-se com o facto de este paÃs ter iniciado mudanças de rumo nas
polÃticas educativas, nomeadamente no que se refere à administração das escolas.
Mas, a opção por tal contexto justifica-se também pela posição central que ocupa.
Assim, as polÃticas relativas à administração das escolas públicas em paÃses centrais,
tornam-se um ponto de referência fundamental para a análise das polÃticas educativas
de paÃses que ocupam uma posição semiperiférica, como é o caso de Portugal (cf.
Afonso, 1998 e Sá, 2004). Para além desta análise à s polÃticas, pretende-se igualmente
trazer para a discussão os resultados de investigações realizadas nesse paÃs que nos
permitem reflectir sobre o impacto nas escolas públicas/actores escolares dessas novas
polÃticas. Subjacente a esta opção encontra-se o pressuposto de que nas análises de
polÃtica educativa é indispensável integrar as dimensões micro-polÃticas e meso-polÃticas,
no sentido de romper com “um olhar constante de cima para baixoâ€, que não interroga
as grandes decisões polÃticas e legislativas (centrais), partindo do princÃpio da sua
reprodução nas diversas unidades de gestão (periféricas) (cf. Lima & Afonso, 2002:11).