O tempo, como categoria imprescindÃvel a ser discutida e pensada nas instituições escolares, faz parte da temática central do presente artigo. A distinção entre instituições escolares e educacionais faz-se importante para as reflexões propostas: por instituições escolares entendem-se as escolas, foco deste artigo, como dito, e por instituições educacionais toda instituição que se preste à educação do indivÃduo, como a famÃlia. Sob essa perspectiva, discutimos o referido conceito abordando diferentes faces que o compõem: a instituição escolar e a instituição educacional; o tempo cronológico e o tempo vivido; o tempo oculto das escolas; o tempo de aprendizagem do aluno e o tempo de ensino do professor. As reflexões realizadas perpassam os seguintes questionamentos: Como poderÃamos reconfigurar o tempo na escola com relação ao tempo determinado pela sociedade? PoderÃamos pensar a escola sem o controle rÃgido do tempo cronológico? Se constata que não é possÃvel deduzir unilateralmente o tempo da escola, nem a escola do tempo, por isso, um primeiro passo para cogitar outra possibilidade de organização deste, no espaço escolar, seria repensá-lo enquanto referência única na/para a sociedade de maneira geral. Assim, viu-se que o controle do ritmo em que as coisas devem acontecer é reflexo da organização que o homem quer ter a todo o momento, sob o auspÃcio do tempo cronológico. Em face das reflexões realizadas conclui-se que os alunos e professores “reféns†de um tempo programático e condensado têm dificuldade em superar essa lógica na rotina do espaço escolar.