Introdução
O turismo gastronômico – também denominado food tourism e culinary tourism – não é um tema ou um segmento turÃstico recente. Contudo, os novos papéis incorporados pela alimentação e as novas tendências do turismo cultural deram-lhe maior fôlego, tornando-o objeto de pesquisas e publicações principalmente a partir do ano 2000.
O turismo gastronômico pode ser operacionalizado de diversas formas: a partir de regiões e estabelecimentos produtores (vinÃcolas, queijarias, etc.); restaurantes e demais estabelecimentos diferenciados e ainda eventos gastronômicos (que promovem certos ingredientes, bebidas ou comidas tradicionais, ou, ainda, que divulguem uma etnia), trabalhados de maneira isolada ou organizados a partir de rotas e roteiros turÃsticos.
Dentre os inúmeros produtos e temáticas que podem ser operacionalizadas pelo turismo gastronômico, o enoturismo tem se destacado no mundo e mostrado grande potencial no Brasil. O enoturismo ganha importância na medida em que o consumo de vinho cresce no paÃs, turistas passam a demandar novas formas de interação com localidades visitadas, e produtores, comerciantes e gestores públicos passam a enxergar a atividade como uma ferramenta de desenvolvimento local e regional, capaz de revigorar a cadeia produtiva do vinho . O enoturismo é, nesse contexto, uma atividade geradora de benefÃcios para produtores, consumidores e, de uma forma geral, para a própria localidade que o sedia e promove.(...)