CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA – SP

Ciência E Agrotecnologia

Endereço:
Editora UFLA - Campus Histórico - Universidade Federal de Lavras
Lavras / MG
Site: http://www.editora.ufla.br/revista/
Telefone: (35) 3829-1532
ISSN: 14137054
Editor Chefe: Renato Paiva
Início Publicação: 31/12/1976
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Agronomia

CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA – SP

Ano: 2005 | Volume: 29 | Número: 1
Autores: D. Castellani, W. Barrella
Autor Correspondente: Daniela Castellani | [email protected]

Palavras-chave: cultivo de peixes, espécies cultivadas, espécies introduzidas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho buscou caracterizar a piscicultura na Região do Vale do Ribeira quanto aos sistemas de manejo. Estudaram-
se quarenta e duas pisciculturas sendo que, destas, 36 praticam o sistema semi-intensivo e seis o sistema intensivo, com os
seguintes objetivos: engorda de peixes, produção de alevinos e pesque-pagues. Foram listadas 41 espécies de peixes cultivadas.
Apenas 6 espécies são nativas da Bacia do Rio Ribeira de Iguape: lambari (Astyanax sp Linneaus, 1758), traíra (Hoplias
malabaricus Bloch, 1794), robalo (Centropomus ssp Cuvier e Valenciennes, 1928), jundiá (Rhamdia quelen Quoy e Gaimard,
1824), cascudo (Hypostomus sp Marschall, 1873) e cará (Geophagus brasiliensis Quoy e Gaimard, 1824). Em 95% das pisciculturas
foram verificadas fugas de peixes exóticos e alóctones dos cultivos. A tilápia nilótica (Oreochromis niloticus Linneaus,
1758) foi a espécie mais freqüente em escapes, e também é a segunda mais cultivada pelos piscicultores, perdendo somente para
o pacu (Piaractus mesopotamicus Halmberg, 1887). Foi possível verificar mediante o cálculo da conversão alimentar, que há um
desperdício anual de cerca de 32% da ração utilizada nos cultivos pesquisados. A piscicultura encontra-se em plena expansão
nesta região, e já representa a atividade agropecuária mais importante após a bananicultura.



Resumo Inglês:

The aim of this work was to characterize the fish farming in the Ribeira de Iguape Basin, southern São Paulo State (Brazil), in
relation to the management systems. Forty two farms were studied. A semi-intensive system is used by 36 farmers, while an intensive
system is used only by 6 studied farmers. Their objectives were raising fish, juvenile fish production and sportive fishery. Forty one fish
species were found to be cultivated, but only six were native species from Ribeira Valley: lambari (Astyanax sp Linneaus, 1758), traíra
(Hoplias malabaricus Bloch, 1794), robalo (Centropomus ssp Cuvier and Valenciennes, 1928), jundiá (Rhamdia quelen Quoy and
Gaimard, 1824), cascudo (Hypostomus sp Marschall, 1873) and cará (Geophagus brasiliensis Quoy and Gaimard, 1824). Fish escapes
were observed in 95% of farms studied, with Nile tilapia (Oreocrhomis niloticus Linneaus, 1758) being the most frequent. The pacu
(Piaractus mesopotamicus Halmberg, 1887) and Nile tilapia were the most cultivated species. According to estimation of food
conversion, around 32% of food supplied was wasted yearly. The fish farming is an activity in expansion in the Ribeira Valley and
account for the second regional economic activity after banana cultivation.