O atual sistema carcerário pátrio, alvo de insatisfações jurÃdicas-polÃticas, demonstra-se defasado e inadequado ao escopo de prevenir a reincidência. Há vasta (des)informação alardeada pelos meios de comunicação brasileiros, de que "cadeia" (conotativamente chamado o sistema carcerário) é sinônimo de justiça. Neste cenário, enquanto cresce o debate quanto à proteção aos direitos dos encarcerados, parcos são os debates a cerca da reparação (ou ao menos minoração) dos efeitos dos ilÃcitos sob a ótica dos ofendidos. Deste modo, a louvável luta de proteção ao encarcerado é prioridade, enquanto perecem sem qualquer acompanhamento público, os direitos dos ofendidos, gerando a descrença no poder judiciário, a marginalização dos egressos do sistema carcerário e o aumento da sensação de impunidade, o qual finda na reincidência da prática de ilÃcitos.