O processo de construção de uma escola inclusiva perpassa um conjunto de esforços cognitivos e técnicos por parte da comunidade escolar que são necessários para a adequada educação e desenvolvimento do aluno. No que diz respeito ao ensino de Geografia para alunos deficientes visuais, fazem parte deste conjunto de medidas o domÃnio do sistema Braille, a confecção de materiais e mapas táteis, a gravação de textos em áudio e, entre outras, a realização de trabalhos de campo. O presente relato de experiência refere-se à um projeto de dedicação exclusiva, implementado no Colégio Pedro II de 2008 a 2010, cujo objetivo foi aprimorar o ensino de Geografia para os alunos deficientes visuais. Conclui-se que a adoção dessas medidas representa o inÃcio de um longo trabalho de toda comunidade escolar que não pode ser resumido à existência de alguns materiais táteis. Deve, por outro lado, envolver um processo de construção e adequação instrumental, acompanhado da capacitação profissional e da sensibilização da comunidade escolar.