TEMOS UMA CRISE NO CURRÍCULO BRASILEIRO? Sobre a BNCC, Geni e o Zepelim e cortinas de fumaça!

GIRAMUNDO

Endereço:
Campo de São Cristóvão, 177, Campus São Cristóvão III, 3o andar, Sala do Departamento de Geografia. São Cristóvão.
Rio de Janeiro / RJ
20921-903
Site: http://www.cp2.g12.br/ojs/index.php/GIRAMUNDO/index
Telefone: (21) 3891-1000
ISSN: 2358-4467
Editor Chefe: Demian Garcia Castro
Início Publicação: 31/12/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

TEMOS UMA CRISE NO CURRÍCULO BRASILEIRO? Sobre a BNCC, Geni e o Zepelim e cortinas de fumaça!

Ano: 2015 | Volume: 2 | Número: 4
Autores: Isaac Gabriel Gayer Fialho da Rosa
Autor Correspondente: Isaac Gabriel Gayer Fialho da Rosa | [email protected]

Palavras-chave: BNCC; Reforma Curricular; Cotidiano Docente; Trabalho Docente; Reformas Neoliberais na Educação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com o advento da Constituição de 1988 o município foi alçado a integrante do pacto federativo. A partir dessa lógica adota-se por parte do Governo Federal o expediente de política de fundos (FUNDEF e FUNDEB) que expandem de maneira marcante o acesso à escola pública brasileira. A partir disso, um alunado outrora excluído do espaço escolar passa a frequentá-lo, construindo uma sensação social de uma “escola em crise”. Com essa questão o currículo é dimensionado obrigatoriamente como anacrônico e defasado, tornando-se imperativo no discurso da maioria dos formuladores de política pública, a produção de reformas curriculares, desaguando no debate trazido pelo Ministério da Educação na BNCC. O objetivo do presente texto não é negar a priori a necessidade de discussão da matriz curricular, mas deseja-se problematizar a realidade educacional do Brasil trazendo dilemas muito mais prementes para a efetivação da educação de qualidade do que a questão curricular, tais como: precários planos de carreira, salários defasados em relação a profissões de igual formação, infraestrutura física claudicante, falta de renovação da mão-de-obra docente etc. Além disso, debate-se também as reformas neoliberais que têm marcado muitas rede públicas do nosso território como um possível caminho de reforço desse ímpeto por reformas curriculares. Conclui-se assim que os elementos do chão da escola trazem muito mais entraves ao cotidiano escolar do que a matriz curricular vigente, e que essas primeiras questões não são levadas em conta no debate da BNCC.



Resumo Inglês:

With the advent of the 1988 Constitution the municipality was elevated to a member of the federal pact. From this logic is adopted by the Federal government the expediency of political funds (FUNDEF and FUNDEB) that clearly expand access to the Brazilian public school. From that, a student body once excluded from school space happens to attend it, building a social sense of a "school in crisis." With this question the curriculum is necessarily scaled as anachronistic and outdated, making it imperative to address the most public policy makers, the production of curricular reforms, flowing into the debate brought by the Ministry of Education in BNCC. The aim of this paper is not to deny a priori the need for discussion of the curriculum, but to discuss the educational reality of Brazil bringing more pressing dilemmas for the realization of quality education than the curriculum issue, such as precarious career plans, delayed wages in relation to the same training professions, limping physical infrastructure, lack of renewal of the labor-work teacher etc. In addition, debate is also the neoliberal reforms that have marked many public network of our territory as a possible reinforcement path of this impetus for curriculum reform. It is therefore concluded that the school ground elements bring more barriers to everyday school life than the current curriculum, and these first issues are not taken into account in the debate BNCC.